A natureza oferece inúmeras opções para alimentação, algumas em cultivos dirigidos e outras que são encontradas facilmente por se desenvolverem de forma espontânea e, caracterizadas como plantas daninhas. Muitas delas, no entanto, oferecem um alto valor nutricional, são as plantas alimentícias não-convencionais (panc’s). O assunto é tema de estudos e cursos, tanto com produtores, quanto com consumidores.
Com a consciência a respeito desta realidade e o objetivo de disseminar conhecimentos teóricos e práticos, nesta segunda-feira (23), foi desenvolvido um trabalho junto às merendeiras das escolas municipais e membros da Associação de Produtores Orgânicos de Entre Rios Do Oeste (Apoer).
A ação faz parte do cronograma de atividades da Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná (Biolabore), dentro do contrato de Desenvolvimento Rural Sustentável da Itaipu Binacional.
Teoria e prática foram compartilhadas com os participantes. Todo o trabalho teve o acompanhamento da nutricionista responsável pela merenda escolar em Entre Rios do Oeste, Josiane Silva Thomas.
Caule
Receitas com banana, uso da biomassa da banana verde, coração e miolo do tronco, além do da moringa e ora-pro-nobis, fizeram parte do conteúdo programático do treinamento ministrado pela técnica da Biolabore Cristiani Cavilhão.
O consumo da banana, que, comumente, se restringe ao fruto maduro, pode ser potencializado. O “miolo” do caule pode ser utilizado da mesma maneira como o palmito. O “coração” das plantas também servem de alimento, segundo Cristiani Cavilhão.
Outro alimento é ora-pro-nobis, ou, carne dos pobres, rica em proteína. A moringa é uma opção para o incremento de minerais na alimentação.
Assim como estas espécies, inúmeras outras podem ser utilizadas na alimentação, ou, na medicina popular, porém, é importante ter o conhecimento necessário para o emprego de todos os potenciais e identificação as plantas com segurança.