No mês de março, a Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná – Biolabore, através da engenheira agrônoma e técnica da Biolabore, Daniela Cristiane Zigiottoe, realizou uma capacitação sobre adubação verde em fruticultura e uso de homeopatia com 14 produtores rurais de Céu Azul.
As atividades foram realizadas na propriedade de Luzia e Leocir Dannebroch na Linha Rio 13.
A primeira etapa esclareceu o que é a prática da adubação verde e pra que serve.
Segundo Daniela Zigiotto, a adubação verdade é uma técnica que aumenta a capacidade produtiva do solo e que recupera solos degradados, melhora solos pobres e conserva os que já são produtivos. “Enfatizamos a importância e os benefícios de se fazer a adubação verde nos pomares como o aumento da capacidade de armazenamento de água no solo, descompactação de solo, estruturação e arejamento de solo, produz fitomassa para cobertura morta, proteção do solo contra erosões e radiação solar sem falar na reciclagem de nutrientes que foram lixiviados, e por fim, diminui a incidência de plantas daninhas na área e ajuda na desintoxicação do solo por resíduos de defensivos ou mesmo por excesso de nutrientes”, explica.
Alguns produtores já fazem o uso da prática, porém através da capacitação realizarão de forma mais eficiente em algumas espécies sendo elas de verão e outras de inverno.
As de verão seriam a Crotalária, Mucuna anã e o Feijão de porco onde são semeadas em outubro/novembro fazendo o seu manejo de massa verde agora em março/Abril já os de inverno como o Nabo forrageiro muito usado na região, o tremoço branco e a Aveias preta e branca (usada por alguns produtores, porém susceptível a ferrugem) são opções mais usadas sendo semeadas em Aabril/maio com manejo em julho/agosto. “Alguns produtores plantam abóboras e morangas entre as fileiras de frutíferas aproveitando o espaço para produção desses itens. Em videiras (uva) fazer a semeadura intercalada de aveia e nabo vem demonstrado resultados excelentes sendo as linhas rotacionadas a cada ano (onde tinha o nabo, semeia se a aveia e vice versa)”, explica a técnica da Biolabore.
A tentativa de introdução do trigo mourisco na área não surtiu o efeito desejado sendo que obteve se pouca massa verde, sistema radicular raso e presença de massa em período curto já que não é feito a roçada, e sim, apenas o pisoteio da área pra que se mantenham mais tempo as plantas vivas.
Biolabore
A Biolabore, Cooperativa de Trabalho e Assistência Técnica do Paraná está localizada no Centro Avançado de Pesquisas (CAP) de Santa Helena na Rodovia 497, Linha Novo Paraíso, Santa Helena/PR. Atualmente possuí 72 cooperados um grupo multidisciplinar de Engenheiros Agrônomos, Agrícolas, Químicos e Ambientais, Zootecnistas, Médicos Veterinários, Biólogos, Administradores, Turismologos, Geógrafos, Sociólogos, Economistas, e Advogados e técnicos agropecuários, com formações de nível técnico, superior, pós-graduados (mestres e doutores). Tem como missão fornecer serviços técnicos especializados e produtos para o desenvolvimento sustentável e uma visão de ser referência na elaboração e atuação em projetos sustentáveis no Brasil. Atualmente são mais de 1800 agricultores assistidos em 54 municípios atendidos.